Meditações de um peregrino

No movimento circular  Entre o mar e o seu luar, Com um pincel todo surrado, Trago pra dentro do retrato, O abraço mais apertado Entre a lua e o seu mar.  Nas margens da dessemelhança, Surge um novo Retrato.  A Beleza resplandece. Nascendo a Esperança, Dou de ombro para o tempo,  Brinco como uma criança.  Meu retrato, o luar,  Meu pincel e o mar.  Existir, é se banhar de pó.  Mas na magia que paira no ar,  É que a beleza se eterniza  Sendo uma Porta para o lado de Lá.  Uma viagem que é vivida,  Por aqueles que aprendem a olhar,  Como uma simples criancinha, Para além do tempo e espaço,   Imaginando o próprio Lar.  Sentado na varanda, Habitando em dois mundos,  Escuto um bom jazz  E admiro a Paisagem Como se a Vida, fosse além deste pó.